A vida é uma jornada evolutiva. Tem a ver com o desenvolvimento espiritual de cada Ser e, embora seja compartilhada e interligada com tudo o que existe, ela é também exata para o nosso momento e nossa necessidade de progredir num determinado aspecto, que pode ser identificado com uma das virtudes – paciência, perseverança, perdão, fé, coragem, autonomia, amor etc.

Todos passamos por situações mais amenas e tranquilas e também por outras, mais difíceis. E, embora algumas dificuldades sejam criadas por nós mesmos, devido a nossos comportamentos, elas também podem estar relacionadas às chamadas provas. Mas, o que são essas tais provas?

Provas são situações em que você é colocado diante de si mesmo e do que deseja e acredita, a fim de decidir e agir. O objetivo é superar a si mesmo, superando medos, receios, dúvidas, raiva, ciúmes e tendências ligadas à nossa inferioridade, enquanto Espíritos.

Uma abordagem lúcida e simples do Swami Dayãnanda, sobre os problemas que nos afetam, diz que eles são de três tipos:

  • Aqueles que vêm da Natureza (Adhidaivaikam), como as secas, terremotos, inundações;
  • Os que surgem de relacionamentos (Adhibhautikam), seja com pessoas ou com animais;
  • Os que se localizam em nosso corpo e mente (Adhiātmikam), desde simples indisposições até problemas sérios de saúde e questões existenciais.

Nas três situações, não é o que fazemos exteriormente que resolve, mas aquilo que se passa dentro de nós e remexe convicções, faz emergir pensamentos e sensações complicadas, onde nos encontramos exatamente na fronteira de nossa capacidade de discernimento e ação. Onde podemos pender para um lado ou outro, o que tem relação com nos mantermos firmes ou fraquejarmos.

Quando você age com o seu melhor e vence a si mesmo, a recompensa é o fortalecimento interno, emocional, moral, espiritual. Você se sente mais confiante e autônomo, mais senhor de si perante os desafios da vida.

Segundo a Filosofia Espírita, a própria encarnação do Espírito, em si mesma, já é uma prova. Mas as provas também podem ser encaradas como encerramentos de ciclos, visto que elas envolvem transformações internas, maior autoconsciência e nova atitude diante das suas circunstâncias.

Publicado por ritafoelker

Filósofa, palestrante e jornalista. Escritora reconhecida nos temas: espiritualidade, inteligência emocional e educação, publica livros desde 1992. Faz palestras no Brasil e no exterior. Formação em Pedagogia Sistêmica com a Educação, pelo Instituto Hellen Vieira da Fonseca.

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