Experiências traumáticas ou apenas desagradáveis têm um jeito próprio de grudar na gente. Elas ficam em silêncio, até que algo traz à tona um conjunto de imagens e de sensações que nos desestabilizam emocionalmente. E que nos levam a ter reações equivocadas.

Mas como diz Calunga, “quando você gruda em pensamentos ruins, os pensamentos ruins grudam em você. Energia positiva, leve, não gruda em lugar nenhum.” Então, se você quer superar o medo ou a raiva e ter mais controle sobre o que sente, a palavra-chave é desimpressionar.

Nossas mentes estão viciadas em certas emoções com as quais não sabemos lidar. Estão impressionadas por imagens e memórias que sempre retornam, se algum estímulo externo as aciona.

Podemos, contudo, modificar essas emoções, quando não estão nos ajudando mais e, mesmo, quando nos causam problemas. Por exemplo, é comum hiperdimensionar certos fatores que provocam medo, raiva ou aversão. Como, então, podemos agir para diminuir a intensidade dessas emoções?

A primeira coisa a fazer é enxergar o fato original no seu contexto. No caso de filmes, boa parte está exagerada ou é simplesmente fantasia. No caso de situações, quem ainda está realmente sofrendo com aquilo? Você e mais quem? Será que foi mesmo tão sério? Será que vale se atormentar pelo que houve?

A segunda coisa é devolver ao assunto o seu devido tamanho, dentro de nós. Não dar mais espaço que ele realmente precisa ocupar, se é que precisa estar em nossa mente. O melhor mesmo é jogar fora esses pacotes indesejáveis, limpando o coração de toda mágoa, temor e ressentimento.

A terceira coisa a fazer é descobrir qual significado você dá para aquelas imagens, sons, lembranças. E desligar deles, esse significado.

Um jeito bom de fazer isso é associar novos significados. Se você escapou de um acidente de trânsito, em vez de se amedrontar com o perigo das ruas, pense que é a vida ajudando você, chamando sua atenção para um maior cuidado consigo. Afinal, houve proteção para que algo mais grave não ocorresse.

Se sofreu uma forte decepção com alguém, o Universo está mostrando quem essa pessoa realmente é, antes que se iluda ainda mais. Ele está sendo bacana com você.

Os pensamentos não têm um poder sobre nós. Mas nós temos o poder de alimentá-los e trazê-los para o dia a dia, por meio da lembrança e revivendo as emoções relacionadas. Quando percebemos esse processo, adquirimos a capacidade de controlar melhor o que pensamos e sentimos.

Usar essa capacidade é um excelente modo de cuidar bem de nós mesmos e de viver com mais leveza.

Publicado por ritafoelker

Filósofa, palestrante e jornalista. Escritora reconhecida nos temas: espiritualidade, inteligência emocional e educação, publica livros desde 1992. Faz palestras no Brasil e no exterior. Formação em Pedagogia Sistêmica com a Educação, pelo Instituto Hellen Vieira da Fonseca.

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