Não existe um padrão para a prática da mediunidade, porque ela depende de sensibilidade, de conhecimento sobre ela, de formas pessoais de lidar com as situações.
Claro que existem formas saudáveis e prejudiciais de vivenciá-la, como acontece com alimentação e até quando dirigimos um carro. Mas, ainda assim, nós a vivemos de nosso jeito, encarando as consequências, que não são ir “pro céu” nem “pro inferno”, não são castigos divinos. São, antes, resultados de nosso modo de pensar e agir. Se você dirige sem observar as placas, falando ao celular em vez de prestar atenção à rua e aos controles do carro, terá boas chances de causar um acidente…Se pilota a moto sem capacete, no mínimo, está assumindo um sério risco.
A invigilância para com nossos padrões mentais pode gerar efeitos psicológicos, emocionais e até psicossomáticos, além de nutrir ligações espirituais indesejáveis. Enquanto isso, a ignorância das leis da mediunidade nos impede de agir com segurança, disciplinar nossos impulsos em favor do bem-estar físico e espiritual. Portanto, o aprendizado é muito importante.
Andei pensando sobre isso e entendo que os bons Espíritos trabalham com a gente da maneira que podem, segundo nossas limitações, e da maneira que nós permitimos.
Isso, se houver uma chance de sintonia, se não tivermos muitas características que os atrapalhem ou impeçam de expressar seus pensamentos e intenção por nosso intermédio.
Eles não nos escolhem por nos acharem maravilhosos e perfeitos para o que pretendem.
Em geral, eles nos têm alguma simpatia, que pode provir de outras vidas. Ou, então, é simpatia por nosso desejo de progredir e pela sua própria vocação para ensinar.
Assim, sua presença ao nosso lado não significa aprovação total de nosso modo de pensar e agir, mas, esperança naquilo a que nos propomos, em termos de serviço, aprendizado e evolução…
(Ampliado e republicado de Ciência do Invisível)