Tem gente que acha que nunca me estresso. Em geral sou tranquila e tento não pesar meus problemas – aquilo que me incomoda e ocupa minha mente – sobre as outras pessoas. Por isso, elas creem que vivo numa “paz Zen” o tempo todo. Mas não é assim, não.
Poucos, pouquíssimos seres encarnados na Terra alcançaram esse nível de consciência. Mas tem muitos que já o intuem, pressentem e desejam. E alguns desses, sei disso, leem Calunga, gostam dos textos do Aymará, tentam criar uma vida mais harmoniosa e feliz pra si mesmos. Eu também.
E tem umas coisas que sei e procuro aplicar:
Sempre há situações e pessoas que trazem à tona nossos medos e desafios mais difíceis. Isso nos balança, internamente. Contudo, estar em dúvida, insegura ou preocupada, não diminui a minha felicidade. Sei que a felicidade está preservada num lugar mais alto, assim como o azul do céu. E que essas sensações são nuvens que passam. Às vezes, de tão densas, realmente parecem tapar a luz do Sol, mas, ainda assim, têm um tempo limitado de duração.
Entendo que é parte desse momento evolutivo, encontrar pessoas que “apertam meus botões” mais ocultos, que me testam e me convidam a atitudes melhores. Portanto, lidar comigo mesma é também equilibrar todas as minhas relações. Sei que minha tarefa não é sobre os outros, é sobre mim mesma e se reflete nas relações com todo o Universo.
Há tropeços no caminho? Sim, pois tropeço em minhas próprias dificuldades e limitações. Contudo, recupero as forças, curo a eventual ferida e continuo. Sei que há sabedoria disponível nas inspirações dos Amigos Espirituais, assumo que a mente e o coração do próximo não são – nem poderiam ser – iguais aos meus e tento não esperar demais, embora confie.
Enfim, procuro aceitar aquilo que em mim parece contraditório, mas que ainda existe esquecido ou dolorido, nas profundezas do meu ser. Sei que é um terreno de transformação e que ele se transforma quando aprendo e exercito meus aprendizados.
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