A paciência só funciona se for ativa. Não se trata de apenas sentar e esperar: isto se chama acomodação.
Paciência resolve o limite momentâneo da ação com a amplitude da visão. Nela, preferimos o que vale a pena e é durável, em lugar do que chega rápido, mas é passageiro.
Esperar não é perda tempo. É dedicar tempo ao que pode realmente ser feito, enquanto esperamos, no fluxo da vida, chegar o momento de alcançar o que almejamos…
A paciência surge da compreensão da complexidade das leis do Universo, da impossibilidade de comandar todos os acontecimentos.
A paciência se mantém pela convicção de que as situações têm uma razão de ser e visam ao Bem, mesmo quando não percebemos de maneira imediata.
A paciência significa que mesmo a mais forte das vontades conta com o favorecimento do tempo.
A paciência não quer apressar o crescimento das árvores, nem o florescimento da primavera. Conscientemente, sabiamente, ela espera……….
Às vezes, quando as coisas dão muito certinho e seguem as expectativas, a cabeça da gente se habitua a achar que tudo é sempre igual e estaciona. Roda sempre naquela mesma marcha, por caminhos conhecidos.
Então, vem o inesperado: o carro não liga, a energia elétrica acaba ou algo assim, que modifica a rotina da cabeça. Vem mostrar o que estava oculto, abrir caixinhas internas que andavam fechadas, convidar à paciência ou à criatividade. Ajudar a descobrir bondade espontânea nas pessoas.
No fundo, precisamos disso, pra saber que a vida é mais do que a gente pensa ou consegue pensar.
Por isso, procuro não discutir com esses acontecimentos. Eu os vejo como oportunidades, como possibilidades. E não me arrependo disso, mas fico muito contente depois, por ter alcançado o outro lado da ponte ou do portal que me foi dado atravessar.
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