Namorar, estar junto, casar é uma escolha. Muitas pessoas que encontro estão sem parceiro e se declaram satisfeitas assim.

Entre as pessoas que estão sem parceiro ou parceira e que não estão contentes com isso, eu não arrisco classificações, mas identifico dois grupos: os esperançosos e os desiludidos com o amor. E eu gostaria de falar com esses, os desiludidos.

O amor é um modo de estar no mundo e também de estar com alguém específico. Um modo de sentir, de vibrar, de decidir e de agir. Como somos seres em constante mutação e nos relacionamos com seres também mutantes, externando o que somos, podemos atender ao amor mais genuíno e luminoso. Mas, também, eventualmente, atendemos ao egoísmo, ao medo, à vaidade e, fazendo isso, dificultamos nosso estar no mundo e estar com alguém.

E isso faz com que relacionamentos sejam complicados, difíceis, sofridos para um ou para ambos, faz com que eles azedem e terminem, criando desilusões.

Desiludir-se é desfazer-se de ilusões, o que é bom, em termos de autoconhecimento e de evolução espiritual. Mas os desiludidos se sentem frequentemente injustiçados e entram em sofrimento. E culpam o amor pelo que viveram. E temem sofrer novamente, se voltarem a namorar, o que é compreensível.

Mas pessoas desiludidas com o amor cometem um erro de foco. Elas se desiludiram com o amor por causa de um ou alguns relacionamentos que não funcionaram ou não terminaram bem. Mas o problema não estava nem nunca esteve no amor. Estava em circunstâncias, em atitudes, em situações do relacionamento que geraram desgaste, raiva e distância.

E como algo não deu certo e houve sofrimento, as pessoas criam defesas contra o sofrimento afirmando que o amor não existe ou nunca dá certo!

O equívoco aqui é tratar a si mesmo e ao amor como algo estático. Algo que é sempre o mesmo desde o início dos tempos e que vai gerar sempre o mesmo tipo de situação em sua vida.

Um melhor entendimento espiritual, contudo, vai permitir observar as pessoas em evolução e os relacionamentos evoluindo, junto com elas. As situações desagradáveis que se repetem em cada vida, portanto, não significam que o amor é sempre assim. Essas situações são oportunidades. São convites para se agir melhor do que na vez anterior. Ampliar a visão para aprender e integrar o aprendizado na compreensão e na ação.

Porque a vida quer que a gente cresça. Evolua. E isso vai exigindo um movimento de estender a visão além do que antes se via e aprofundar o entendimento. Conhecer-se melhor e confiar mais no Bem que brota de escolhas esclarecidas e iluminadas pelos bons sentimentos e intenções.

Meu novo livro, Amores Espiritualmente Inteligentes, traz 25 textos falando de Inteligência Espiritual nos relacionamentos, abordando temas como casamento, erotismo, dinheiro, ciúmes, tudo o que acontece quando decidimos viver em amor com uma pessoa por muito tempo. Ele será lançado e estará disponível a partir de 28 de Setembro. Curta a página Vidas Inteligentes – Rita Foelker, no Facebook, e acompanhe tudo que que está acontecendo nessa semana especial.

 

Publicado por ritafoelker

Filósofa, palestrante e jornalista. Escritora reconhecida nos temas: espiritualidade, inteligência emocional e educação, publica livros desde 1992. Faz palestras no Brasil e no exterior. Formação em Pedagogia Sistêmica com a Educação, pelo Instituto Hellen Vieira da Fonseca.

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