Você não consegue passar pelo seu feed do Face sem visualizar uma enxurrada de ofertas de cursos, informações e conhecimentos, relacionados às mais diferentes áreas? Entre elas mediunidade, chakras, terapias diversas, desenvolvimento espiritual, alimentação saudável…? Eu, também não!
Conhecimento é útil e libertador, uma vez que nos livra da ignorância e dos problemas que ela causa. E hoje em dia, a oferta de conhecimentos na web é imensa, o que é altamente positivo, em termos de oportunidade de aprendizado.
Mas conhecimento, por si só, não é sinal de inteligência. Nem de Inteligência Espiritual em alto grau. Nem significa elevação espiritual.
A palavra-chave é integrar. Saber muita coisa, dominar muitos assuntos, é diferente de integrar o que se aprendeu em um modo de vida mais satisfatório e elevado.
O conhecimento é um dos componentes da evolução do Ser, mas ele é processado pelo intelecto e, se não for integrado às emoções e às atitudes, pode acabar se transformando numa simples ilusão de controle ou fonte de vaidade.
Andei encontrando pessoas que desenvolveram um perfil de busca da espiritualidade, de compreensão do invisível, cujo estudo tornou-se a sua principal meta e, o saber, uma perspectiva de dominar ou controlar as circunstâncias a seu favor. Elas desejam se sobressair num grupo, embora não saibam ou não admitam. Nelas, não vejo de fato um movimento de melhoria interna, de aprimoramento das ações perante a vida e o próximo. Parece que nem mesmo conseguiram um estado de harmonia e satisfação íntima. São pessoas que continuam tensas e ansiosas.
Não, nós não somos aquilo que sabemos. O saber pode ser um caminho de elevação espiritual, mas não vai lhe dar um atestado de iluminação, nem média de aprovação na escola da vida.
O que temos feito do conhecimento, e como isso tem afetado nossas habilidades globais como a criatividade, é brilhantemente abordado por Ken Robinson, autor, palestrante e consultor internacional em educação, no vídeo abaixo:
Rita Foelker 