“Os Espíritos Amigos que se comunicam, são unânimes em afirmar que essa taxa crescente de perturbação, na atualidade, decorre do desequilíbrio existente entre as nossas conquistas de ordem científica e o atraso dos nossos sentimentos. Existe grave desequilíbrio na balança cérebro-coração.” (Chico Xavier)

Isso não é novidade. O livro de onde foi tirado este trecho é de 1975 – “A Terra e o Semeador”, que contém entrevistas do Chico desde 1958.

E as pessoas mais sensíveis e observadoras já percebem, há tempos, que é um desafio para nós equilibrar essa balança.

Desequilíbrio na educação das crianças, onde se cria uma agenda de muitas atividades que visam o intelecto e se lida com as emoções e sentimentos de maneira primária (quando estes não são simplesmente ignorados).

Em que se oferecem a elas roupas e sapatos novos, os quais recebem elogios, mas pouca orientação é dada sobre como se comportarem. Venho notando, há tempos, situações comuns em que se valoriza bem mais a aparência e os acessórios dos filhos, do que a necessidade de agir bem e dizer a verdade, cultivar bom sentimento, respeitar a Natureza e o espaço público. Algumas vezes, os próprios pais se mostram extremamente deseducados…

Esse desequilíbrio, contudo, não é externo. O externo é apenas uma projeção. O desequilíbrio está dentro das pessoas, entre o cérebro e o coração, como apontou Chico. Se educar com amor, se cuidar com carinho do meu negócio e do meu planeta, dá pra ficar bem melhor.

Se essa situação é por causa da educação que tivemos, isso explica até certo ponto, mas não justifica. Ou seja, a educação recebida ajuda a entender por que somos assim, contudo, não significa que precise ser desse jeito. Ainda somos seres capazes de refletir sobre nossas atitudes e de mudar o que é necessário para ter uma vida melhor de verdade, melhor em todos os sentidos, e não apenas uma vida mais “moderna” e “tecnológica”.

Um acréscimo de gentileza, colocar-se no lugar do próximo, adentrar delicadamente o coração alheio. Encontrar uma paz que possa se transmitir em gestos e palavras. Escolher viver na harmonia e evitar o conflito. Observar como se sente a respeito das atitudes que se toma e das escolhas que se faz. Simples mudanças pessoais, como estas, fazem imensas diferenças.

Publicado por ritafoelker

Filósofa, palestrante e jornalista. Escritora reconhecida nos temas: espiritualidade, inteligência emocional e educação, publica livros desde 1992. Faz palestras no Brasil e no exterior. Formação em Pedagogia Sistêmica com a Educação, pelo Instituto Hellen Vieira da Fonseca.

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